segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cada vez, mais coisas raras...


Pois mais uma vez aqui estamos, depois de outra noite atribulada em que os avistamentos testemunhados pelo Sr. R. Zurk tomaram conta do panorama noticioso da praia da Torreira, o agora famoso areal, graças a estes fenómenos alienígenas sem explicação. R. Zurk mais uma vez caminhava no seu passo lânguido e descontraído, vestido apenas com um "rôbe" de banho, e claro está, com os seus chinelos incríveis que lhe permitem escapar sempre à última da hora (quase) incólume.

Desta vez, R. Zurk calçava um modelo daqueles de fitas cruzadas feitos com pele de pintassilgos do Ártico.
Optou desta vez por testar mais uma das suas invenções para fugas rápidas, e então colocou-lhes uma rebarbadeira de cortar pedra por baixo de cada sola dos ditos chinelos, mas com a particularidade de lhes ter trocado o disco de corte de pedra, por umas hélices de um avião Cessna, resolvendo o problema da energia elétrica (toda a gente sabe que na praia não há fichas eléctricas) com um gerador a gasóleo que ele carregava às costas dentro dum tuperware branco para abafar o som angustiante que ele fazia quando estava ligado.

Munido deste meio de fuga muito eficaz, R. Zurk dirigiu-se para a famosa zona do 2º. paredão, cautelosamente e com todos os seus 10 sentidos alerta (5 dele, e 5 emprestados pelo gato que tem lá em casa), e ei-lo que de repente avista algo que se assemelhava a um saco de batatas de 25 kgs... R. Zurk aproxima-se devagarinho, bem devagarinho, rodeou com calma o dito objecto, era um saco de sarapilheira castanha, com protuberâncias que pareciam batatas...

R. Zurk encheu-se coragem, e abre o saco repentinamente: lá de dentro nada saiu, apenas pôde constatar que eram de facto batatas, vermelhas por sinal, e de boa qualidade, excelentes para fritar, provalvelmente de origem espanhola, pois cheiravam a "paella"... Continuando a sua caminhada, decepcionado com o achado encontrado, R. Zurk vai cabisbaixo e pensativo, quando do meio das batatas, sai disparado um ser de origem espacial, envergando um fato "armani", com uma gravata lilás, e com um regador de plástico de côr vermelha numa das mãos .. pormenor curioso: trazia 2 antúrios também vermelhos pendurados nas orelhas.

R. Zurk não esperou para vêr mais nada, e ei-lo a ligar o gerador a gasóleo para rapidamente se pirar dali... infelizmente o gerador tinha quase 40 anos, e ao pô-lo a trabalhar após desesperadas tentativas, o dito faz uma fumarada incrível que deixou a praia da Torreira mais escura que um dia de nevoeiro; R. Zurk mesmo sem nada vêr, aponta os chinelos para algures e sai dali a voar graças às hélices previamente montadas...

Infelizmente não foi longe, pois a rota tomada foi azarada e curta, tendo embatido com grande violência no sino da igreja local; para agravar ainda mais o já de si azarado voo, um dos chinelos ficou preso no badalo do sino, que começou a repenicar ininterruptamente devido à pancada sofrida pelo seu corpo. R. Zurk, só passada meia hora conseguiu descer, e quando o fez tinha uma multidão à sua espera para o sovar, pois achavam que estava na hora da missa das 6 da manhã, mas não, eram ainda 4 da matina.. Teve apenas tempo para descalçar os restos dos chinelos, e fugir à moda antiga: pés descalços e ligeirinhos até ao seu lar doce lar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário